Mais um dia te ver bater em minha porta, te ver chegar aqui e saber como sua visita é vazia, sua estadia aqui é vazia, não tem amor, não tem sentimento, não tem você por inteiro, tem apenas eu, meu amor, minha entrega, minha intensidade e você, tão vazio, sem nada a oferecer...
Eu sei, sempre te recebo, como se
você fizesse parte de mim, como se você nunca tivesse ido, como quem recebe alguém
que esta voltando de viagem, mas as suas viagem me ameaçam ser eternas, e não mais
te espero voltar, não mais tenho esperança, quer vir venha, quer ir vá,
sinceramente, ando a não mais me importar...
De tanto te ver partir, de tanto
te ver chegar, de tanto me iludir, de tanto me multilar, acabei por o antídoto de
tamanha dor encontrar, não, não me dói mais, apenas me incomoda, porque,
sinceramente, cansa esse vai e vem, cansa você ser nômade dentro de mim, não sei
dizer ao certo, mas mesmo quando você vem, é indiferente lhe ter por perto, e
ao dizer que não mais te amo, sim eu sei o quanto isso em mim já está certo.
Hoje fostes embora mais uma vez,
mas lamento ter saído antes de acordares, mas deixei-te um bilhete na mesa, que
dessa vez não abrigava o café da manhã que tanto gosta, mas carinhosamente lhe
escrevi o bilhete, dessa vez sem lagrimas, sem lamentação, apenas lhe escrevi
se for embora, boa partida, não desejo despedidas, e não adianta voltares pois
dessa vez a volta lhe será em vão...
Carolina Trentino
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